Quiçá (Isis - 25.11.2005)

Meu próprio mundo, em versos... Ora rimados, ora em desespero... Ora em poesia sincera, ora em verdade inventada... Ora a fusão das duas coisas, e muitas resuminadas a nada... Às vezes meio triste, com um quê de sombra e dor... Outras vezes, em palavras inspiradas na alegria, na beleza e no amor...
Foi tão rápido que às vezes duvido se existiu Os olhos nem sempre vêem a realidade Se vã ilusão, para mim é a doce verdade Se não acredita, ao certo é porque não viu Pois numa noite escura sem luar Deserta de luz e sem som Apenas uma estrela eu vi brilhar Irradiando cores em qualquer tom Não sei o porquê de ela estar sozinha Mas aproveitei a privacidade do momento Falei alto para ela ouvir o que eu dizia Pedi um amor só para mim, em segredo Quando troquei minha voz pelo seu silêncio De súbito ela se jogou lá do céu Será que ouviu meu íntimo desejo? Ou era apenas luz à toa vagando ao léu? Mas estrela cadente ao longe se apagou E eis que neste breve triste instante A mesma luz nos seus olhos brilhou Como eu nunca tinha visto antes Foi que do céu caiu minha única estrela Pousou dentro dos teus olhos, de repente Talvez fosse para melhor eu vê-la Ou talvez para eu ver você, ternamente Seja lá coincidência ou o que for Aquela mesma luz raiar em você Só sei que a estrela pro céu nunca mais voltou E toda vez que você vem me ver Seus olhos falam-me coisas de amor...