Pink Fairy Tales...

Meu próprio mundo, em versos... Ora rimados, ora em desespero... Ora em poesia sincera, ora em verdade inventada... Ora a fusão das duas coisas, e muitas resuminadas a nada... Às vezes meio triste, com um quê de sombra e dor... Outras vezes, em palavras inspiradas na alegria, na beleza e no amor...

Sunday, October 27, 2013


Eu Amo a Vida!

Eu adoro e aprendo com a vida e com o tempo! A vida não pára, não é previsível, quando a gente pensa que tudo está tal e qual o planejado, a vida chega com suas surpresas e imprevistos e muda tudo... 

A vida é uma constante inconstância dentro de um caos aparente regido pela ordem natural das coisas e da natureza. Um eterno movimento preciso e certeiro que baila com suas cores vestindo as emoções mais diversas dentro de uma dinâmica incansável, que nos tira da inércia à força (ou não...), que ensina a sermos flexíveis como o bambu, que se move e se adapta, sem se quebrar e sem perder a raiz... 

E o tempo senhor de tudo dita o compasso e o momento de cada semente brotar, de cada flor desabrochar, de cada fruto madurar, de cada amanhecer em cada lugar... A vida é a força e o bem maior, a razão de ser e um presente de Deus para nós. 

Como o escuro da noite que nos descansa do dia, a morte faz parte da vida, mas uma pequena parte... Porque a vida está na luz do Sol de cada dia... Porque a vida é o que é e o que há de eterno e de real. Paz, saúde e felicidades para nós. 

Boa noite!!

 

Gripada, entediada e sem voz!

E o melhor foi eu no drive-thru do Habib's hoje, sem voz nenhuma, nem aquele pouco suficiente de Pato Donalds, e aí quando o tiozinho chegou, desci o vidro do carro e fui fazer o pedido... Mas só minha boca mexia, sem som nenhum. 

Aí o cara olhou com expressão de estar numa Pegadinha do Gugu e eu comecei a rir e pronto... Não conseguia mais parar. Sabe ataque de riso de raiva e desespero?!!! huahuahuahua 

o cara ainda piora falando: "pode se acalmar, moça, eu compreendi. Uma esfiha de carne, né?"... rsrrs Aí que eu não parava de rir mesmo porque não era nada disso, até que conseguimos depois nos entender na mímica. 

E para agravar, estava à noite no carro escuro, de forma que quando ele trouxe a máquina para eu pagar, entreguei o cartão ligeiro para me livrar logo daquela situação, ao que ele prontamente respondeu: "cartão da Unimed a gente não aceita ainda, moça...." huahuahuahuahua 

#@$%@# Acho que nunca mais volto neste Habib's. rsrsrsrs Cara sem senso de humor!!! rsrsrsrs ;o)
 
                                                          O Gigante acordou.

E parece que as palavras do nosso lindo e respeitável Hino Nacional tomam forma nas imagens da realidade exposta na televisão...

Brasil, nossa "pátria amada e idolatrada, gigante pela própria natureza", finalmente reconheceu que "és belo, és forte este impávido colosso" e agora ouvem-se o "brado retumbante de um povo heróico" por toda a "terra fértil desta mãe gentil"...

Cansados de tanta corrupção, injustiça social e descaso de quem deveria nos proteger e fazer valer nossos direitos como responsáveis pela nação através de seus cargos públicos, nós brasileiros finalmente renovamos nossa esperança porque agora "brilha no céu da pátria neste instante o Sol da liberdade em raios fúlgidos"...

E "se o penhor desta igualdade" que almejamos conseguirmos "conquistar com braços fortes", nosso povo todo verá "que um filho teu não foge a luta, nem teme, quem adora esta terra mais garrida, a própria morte", porque depende de nós a "paz no futuro e a glória do passado"...

Por amor imensurável ao Brasil, me emociono ao ver e presenciar este movimento, "ao som do mar" desde todo o nordeste até o "céu profundo" do estados do Sul do país. Toda a nação está unida conjugando dos mesmos anseios, do mesmo sentimento antigo beirando até o desespero que depois de tanto tempo acumulando histórias e mais histórias de sofrimento, já não cabe mais no peito...

Que se erga a "clava forte da justiça iluminada ao Sol de um novo mundo", mas que saibamos acima de tudo que nossas manifestações em luta pela ordem e progresso como sabiamente nos orienta nossa bandeira nacional, precisam ser honradas por um "Brasil símbolo de amor eterno, porque somos filhos de uma mãe gentil"... E que mesmo usando de "braço forte", façamos jus ao exemplo de amor que reina em nossa "pátria amada".

Que nenhum "filho desta terra adorada fuja à luta", porque é uma luta pelo bem de todos nós e neste momento "a esperança à terra desce". Mas que saibamos fazer isso preservando "o verde-louro desta flâmula, a vida em nossos bosques e os amores da nossa própria vida".

Só assim alcançaremos a paz de "teu formoso céu, risonho e límpido", assegurando um "berço realmente esplêndido" aos novos brasileirinhos que estão por chegar. "Meu amado Brasil, um sonho intenso" chega mais perto de se tornar real porque vislumbramos ainda que distante um "raio vívido de amor e de esperança que à terra desce"....

Que nossas manifestações sejam fundamentadas na Ordem, porque só assim alcançaremos o Progresso para deitarmos em merecidas "margens plácidas, iluminados ao Sol de um novo mundo "e então colhermos os frutos de um bom plantio e "as flores de nossos lindos campos risonhos à luz do céu profundo"...

"Terra adorada" onde nasci e me criei, tens aqui a minha gratidão. E por reconhecer que independente de nós e de tudo, sempre foi e será "mãe gentil gigante pela própria natureza", que nossa atitude nos "salve... Salve..." e Deus nos mostre a luz de um mundo melhor sob a "imagem do Cruzeiro".

Te amo, Brasil...
— em Isis Brandão - Fortaleza

  Eu Adoro Gatos...

Aí estava eu lá no jardim do meu prédio ao chegar do trabalho, conversando com um gato pardo da rua que estava caçando uma formiga gigante que se escondia na grama, quando passa na calçada uma senhora vizinha minha e diz:

- Boa noite... (aí viu o gato e continuou): Arhgggg.. Que horror chegar perto disso. Não suporto gatos!!
Ao que eu respondi:
- Puxa, Dona Fulana, boa noite, mas não sabia que a senhora também tinha este defeito!

E depois que ela fingiu não entender o que eu disse porque é mais cômodo para ambas de nós (ufa... rsrsrs), continuei a conversa com o gato pardo, que na verdade era sobre um outro assunto, mas acabei por refletir que cada vez mais admiro o senso de humor irônico dos felinos!!

Aposto que ele pensou numa resposta muito boa para dar a ela, daquelas que põe a pessoa no chão, mas como sempre, faz da indiferença seu maior trunfo, com aquele olhar de paisagem absoluto e inatingível...

Hahahahah Sou fã.




No meio do Caminho tinha um Saco...

Hoje dirigindo eu atropelei um saco no meio do caminho. Mas não era um saco frágil e desinteressado. Não. Era um saco decidido, forte e resistente, daqueles de carregar cimento, mas pelo menos já estava vazio.

Passei por cima dele na CE Eusébio-Fortaleza porque como costumo andar meio que em alta velocidade, não deu tempo de desviar quando ele voou na minha frente, então atropelei mesmo, na vontade. Acontece que ele quis se vingar, magoado que ficou, se enrolou no pneu dianteiro e lá ficou, sem eu notar.

Continuei rodando sem perceber os planos maquiavélicos, cantando junto com o CD e tal, com a sorte que depois estava em uma velocidade um pouco mais maneira nesta altura da história já voltando do trabalho na Avenida Washington Soares, que tem mais trânsito (só um pouco.. rs), semáforos e radares (só 14...).

Avistei logo mais à frente um caminhãozinho destes de mudança parado no sinal perto do Siará Hall e continuei na direção do sinal vermelho. Quando eu fui pisar no freio para parar no sinal, cadê o freio?!! Totalmente sem freio o carro!!! Fiquei branca de susto!!! Tipo cena de novela das 8h que o vilão corta o freio do carro para provocar um acidente com a protoganista, para ela morrer, mas ela sempre se salva e tal... Sabe como? Igualzinho!!

Sorte que eu penso rápido (73,9% das vezes), e puxei o freio de mão com a agilidade do Chapolim Colorado, que consegui parar com tudo um segundo antes de entrar com o carro na traseira do caminhão. Foi mais emocionante que escorregar do Insano no Beach Park!! Outra sorte foi o carro de trás só ter me xingado, mas não engavetou em mim.

Aí continuei andando sem freio até o posto mais próximo e aí quem estava lá na roda...? O saco!! Ele se embolou de tal forma que quando foi rodando enroscou na mangueira do freio, com o movimento das rodas cortou a mangueira, vazou todo o óleo do freio (vocês sabiam que freio tem óleo?) até me deixar sem freio nenhum. Na verdade nesta parte não parece tanto novela das 8h, mas sim aquelas fatalidades do filme "Premonição"12345.

Mas como amanhã é meu aniversário, claro que eu tenho que sobreviver para contar história. Então o tio do Seguro gentilmente $$$ rebocou meu carro e vim de reboque para casa e cá estou! Fazendo?? Vendo a novela das 8h. Huahuahuahua

Que saco!!!

Monday, December 13, 2010

Flor de Açucena (10.12.2010)

"Poesia boa é aquela que brota do coração Que de repente aflora como uma semente à toa esquecida No meio do nada, sem cor e sem vida, ou sem nenhuma pretensão À espera do tempo para definir pela rima se agora terá versos ou não Eis que de súbito, sem bilhete vendido, sem aplausos, nem público O deserto da arte, tão belo e tão único, deixa cada grão de areia encenar sua parte E o seco, de amar-te se faz úmido, permeia em pleno vazio, toda uma multidão Desvelando o oásis que só tu que sabes onde de certo o encontrarão Pois que o segredo do artista, ninguém conta, não deixa pista, nem se pega com a mão Só se descobre o amor quem é grande o bastante para enxergar no distante Uma semente imprevista e meio sem cor de poeta derramada no chão A flor que habita no abstrato da rima expressa esta poesia discreta que te dou em botão Não obstante, o que sei de poema, de arte e talento Esvai-se no ar como pétala que de pequena, é carregada pelo vento O que realmente sei é do meu amor por ti, que não simplesmente voa por aí, Sequer conhece o esquecimento Porque no meu coração meu amor por ti é lei, é tal flor de açucena, Meu eterno sentimento, este amor que te dei."

Thursday, February 07, 2008

Bom dia, Lindo dia! (Isis Brandão - 14.01.2008)

Se eu fosse uma flor
Queria que o orvalho
Bem cedo me acordasse
Chuva, vento, calor
Ou o feio do espantalho
Nada me assustaria
Queria ver a luz do dia...
Queria...
Se eu fosse uma borboleta
Voaria num belo campo
Que você iria pintar
Açucena, jasmim, violeta
Margarida, crisântemo
Tudo me encantaria
Queria fazer parte do dia...
Queria...
Se eu fosse uma canção
Cantaria por todos os ventos
As notas que me compõem
O silêncio seria o refrão
Que se repete em todos os tempos
Alguém me ouviria
Queria musicar a voz do dia...
Queria...
Se eu fosse uma bola de sabão
Ilustrava o sabor das cores
Que eu sempre quis comer
Cor-de-rosa, amarelo, verde limão
Nuances de tantos amores
Cada cor eu provaria
Queria comer a cor do dia...
Queria...
Se eu fosse um beija-flor
Queria viver pela eternidade
Namorando no jardim
Em cada canto um novo amor
E de noite só saudade
Toda a flor me amaria
Queria namorar todo dia...
Queria...
Se eu fosse uma estrela
Iluminava todo o mundo
Como se fosse um abraço
Cada pessoa seria centelha
Do meu amor profundo
Tudo como eu seria
Queria ser a luz do dia...
Queria...
Se eu fosse um arco-íris
Dava logo volta ao mundo
E completava a aliança
Seria muito mais que Isis
Em frações de segundo
Em tudo eu estaria
Queria ter as cores do dia...
Queria...
Mas se eu fosse tudo isso
De nada me bastaria
Se não tivesse você
Tal como um feitiço
Encanta tua companhia
Tudo seria nada porque
Queria ser teu amor um dia...
Queria...

Sunday, January 13, 2008

Trident de Melancia - Parte II (Isis Brandão - 13.01.2008)


*** Baseado em fatos muito reais
Como não estou de férias, sigo mais ou menos uma mesma rotina. Alguma coisa muda. O clima com certeza muda dez vezes por dia nesta cidade, a cor do batom muda, o repertório de músicas no meu carro, a posição das nuvens, mas o gosto do Trident de Melancia... Ah... Esse continua o mesmo!
Alguns dias depois do incidente narrado anteriormente então estava eu dirigindo de novo de volta do trabalho para minha casa mascando o Trident de Melancia (para os piadistas de plantão, claro que não era o mesmo chiclets da versão passada... ).
Pois bem... Dejavu. Acabou o gosto daquela massinha gosmenta mais ou menos no mesmo trecho que antes da enorme rua Brigadeiro Franco. Mas como eu sou uma moça muito, mas muito esperta mesmo como já enfatizei antes, claro que não cometo o mesmo erro duas vezes, então é claro também que eu inventaria uma estratégia muito mais eficaz de me livrar do chiclets.
Esquece aquele papo de moça elegante que não dá cuspão para fora do carro. Danem-se as testemunhas, porque elas sequer imaginam o estrago que faz uma coisinha inocente e melanciosa daquela no carro das pessoas.
Aumentei o volume do som para dar mais trilha sonora carecida para borbulhar a emoção do momento do meu esperado triunfo e revanche contra aquele trident meloso que me desastrou na vez passada. "Como a vida é boa e quase sempre nos dá uma segunda chance, agora chegou finalmente a hora de eu mostrar quem é que manda neste carro e neste chiclets", pensei em lapsos de vingancinha infantil.
O vidro já estava aberto desde antes. Nem pensei duas vezes: foi só angariar forças folegais, virar a cabeça e cuspir com tuuuuuudo aquele chiclets para bem looooonge dali!!!
TUDO, mas tudo mesmo seria perfeito se não estivesse parado quase colado um outro carro do lado do meu. Mas ninguém merece, né? Até engasgo em confessar que colei o chiclets no vidro do vizinho trafegário.
O sinal ainda estava fechado. Aliás, também tinha acabado de fechar. Meu primeiro pensamento pós fato fatídico foi: "Ah, nããããooo... De novo não...". O segundo foi: "Pelo menos não foi no meu". E o terceiro foi: "Imagina a hora que o cara abaixar esse vidro com esse chiclets... Vai ser um desastre talvez ainda maior. Vou consertar!". Impulsivamente por causa do tempo de agir antes que o sinal abrisse, desacionei meu cinto de segurança, abri a porta e coloquei uma perna para fora do carro pensando em só dar uma batidinha no meu ex-Trident para fazê-lo desgrudar dali e voltar. Este movimento brusco e inusitado chamou a atenção do motorista do carro, que imediatamente olhou para mim, que por conseqüência, olhei para ele.
Pensa num cara gato... Era ele. De terno, gravata, lindo, devia estar também voltando do trabalho como eu. Mas constatar tudo isso me fez ficar com muita vergonha de derrubar o chicletes do carro dele. Seria uma cena ridícula. Então meu segundo impulso idiota foi voltar pra dentro do meu carro, fechar a porta e fingir que tudo que ele viu não passou de uma mera ilusão idiótica. Tenho quase certeza de que foi isso que ele pensou, porque ele me olhou com cara de "não entendi" e sorriu discreto.
Já por minha vez, eu pensei: "Imagina se ele é o homem da minha vida?!" Eu estragaria tudo se ele soubesse que as aparências enganam e esta frágil dama deu um cuspão muuuito forte no vidro do carro dele.
Mas também no outro segundo seguinte me conformei pensando: "Não... Claaaaro que ele não é o homem da minha vida... Afinal, acho que nenhum de nós lindos e elegantes gostariam de se encontrar na poltrona do vovô daqui dez anos respondendo para nossos filhos: Mamãe conheceu papai num final de tarde de sol em que ela abriu o vidro, deu um cuspão para fora do carro e colou chiclets bem no meio do vidro do carro do papai..."
Definitivamente acho que a vida reserva algum espetáculo mais romântico para mim do que este assumido acima...
Ao menos uma lição fica: na falta de SuperBonder, a cola que tudo cola, pode com muita certeza usar o Trident de Melancia...
Seria trágico se não fosse cômico...

Trident de Melancia - Parte I (Isis Brandão - 13.01.2008

*** Baseado em fatos muito reais
Estava eu voltando do trabalho dirigindo meu carro, cantando alguma música boa para o momento e claro, mascando meu habitual Trident de Melancia. Acontece que este chiclet perde o gosto muito rápido e em menos de 5 minutos já anseio por me desfazer dele. Então este pensamento já me passava pela cabeça e tudo seria mera questão de encontrar algum sinal fechado para realizar o serviço.
Pois como o trânsito desta cidade anda caótico, claro que ficar parada na fila do tráfego não foi nada difícil, e como sou ágil e esperta, já fui logo dando conta de me livrar da bola de mascar. Ihhh... Foi quando me dei conta de que estava sem o lixinho do carro. Suponho que o moço que lavou tratou de sumir com ele.
Então pensei: "Bom, chicletes é meio orgânico, se eu jogar no chão, acho que não degradará catastroficamente o planeta". Mas aí já no segundo seguinte adverti meus pensamentos: "É... Mas não fica bem para uma dama como eu abrir o vidro e dar um cuspão para fora do carro..." Se você me conhece, haverá de convir comigo que seria uma deselegância totalmente incondizente com a delicadeza da minha maquiagem e com a formosura da minha roupa rosa daquele dia.
Realmente... Mesmo que ninguém visse, eu não podia me arriscar a gostar de fazer isso. Vai que se tornasse hábito por tamanha praticidade? Melhor não arriscar. Isto eu pensando no tempo do pensamento humano, que voa em frações de segundo. Então concluí que o jeito era mesmo pegar com a mão o chicletes e deixar cair discretamente do lado de fora do carro.
O sinal ainda estava fechado. Aliás, tinha acabado de fechar, porque ainda estamos nas primeiras frações de segundo que eu acabei de explicar. Pois bem. Teria eu então tempo mais que suficiente para me livrar do chicletes e com sorte, até daria para achar algum outro dentro da minha bolsa.
Beleza. Tudo já muito premeditado e espertamente calculado pela minha bela inteligência. Só fazer.
Ainda usufruindo da minha admirável agilidade, aproximei minha mão esquerda da boca, com a elegância de um flamingo deixei-o cair com leveza e joguei para fora.
Joguei?! Ops, colou. Já isso não estava dentro da minha previsão, muito menos apontado na análise de risco, mas previ que deveria ser fácil de corrigir.
Fiquei balançando minha mão para fora do carro em inúmeras tentativas fracassadas de derrubá-lo. Não caiu.
Tudo bem. Tenho uma segunda estratégia: esfreguei minha mão pelo lado de fora da porta do carro para ao menos deixar ele na porta e não me mim. Aaaaaiiiiii, não funcionou... Colou na porta e CONTINUOU na minha mão. Agora eram dois problemas. E o tempo passava. Pensei: "Meu Deus, vai abrir este sinal e eu aqui com essa gosma cheirosa grudada em mim e na porta do carro. Preciso de um plano B urgente!".
Mas claro que estava mesmo muito injusto presenciar minha mão esquerda se degladiando em desespero ali de um lado, enquanto a direita descansava alegremente no banco do passageiro. Achei por bem então escalar a outra mão para ajudar, afinal já havia soado o alarme interno de emergência faz tempo.
Mas se arrependimento matasse... Tive o DOM de duplicar o meu problema. Agora aquele Trident intragável colou nas duas mãos e na porta do carro, mas já era tarde. O sinal abriu e o mundo não podia parar para eu resolver aquele tão momentâneo probleminha...
A buzina do automóvel atrás de mim constatou que fui literalmente obrigada a engatar a primeira marcha, depois a segunda, a terceira, me apoiar no volante para guiar o carro e TUDO isso acompanhada pelo bendito chicletes... Aonde minha mão ia, ele ia junto carimbando seus rastros salivares. Então aquele persistente Trident de Melancia há tempos já estava quase que onipresente por tudo de mim. Tinha trident na porta do carro, trident no vidro, trident no volante, trident na marcha, trident no banco... Era trident por tudo.
Mas tudo bem... Nada que o tio do lava-car que sumiu com minha sacolinha de lixo não resolvesse, afinal, ele tinha 99% de culpa em tudo isso...
Seria trágico se não fosse cômico...

Sunday, December 09, 2007

Fera Ferida (09.12.2007) - Roberto Carlos e Erasmo Carlos - T.A.J.K.

Acabei com tudo, escapei com vida, tive as roupas e os sonhos rasgados na minha saída... Mas saí ferido, sufocando o meu gemido, fui o alvo perfeito, muitas vezes no peito atingido... Animal arisco, domesticado esquece o risco, me deixei enganar e até me levar por você... Eu sei quanta tristeza eu tive, mas mesmo assim se vive, morrendo aos poucos por amor... Eu sei, o coração perdoa, mas não esquece à toa, o que eu não me esqueci... Eu andei demais, não olhei pra trás, era solta em meus passos, bicho livre sem rumo sem laços... Me senti sozinha, tropeçando em meu caminho, à procura de abrigo,uma ajuda um lugar um amigo... Animal ferido, por instinto decidido, os meus passos desfiz, tentativa infeliz de esquecer... Eu sei que flores existiram, mas que não resistiram à vendavais constantes... Eu sei, as cicatrizes falam, mas as palavras calam, o que eu não me esqueci... Não vou mudar, esse caso não tem solução, sou fera ferida, no corpo na alma e no coração... Eu sei que flores existiram, mas que não resistiram à vendavais constantes... Eu sei, as cicatrizes falam, mas as palavras calam, o que eu não me esqueci... Não vou mudar, esse caso não tem solução, sou fera ferida, no corpo na alma e no coração...

Friday, November 02, 2007

Vem Tocar... (Isis - 02.11.2007)

Voa no meu pensamento
Deleite-me em teu abraço
É todo teu este momento
Universe em meu espaço...
Chega pela água da chuva
Na luz de todas as estrelas
Um pouco de cada uma
E a grandeza de sê-las
Traz uma flor amarela do campo
Pra alegrar as dunas do meu deserto
E espalha pela minha alma o teu canto
Tudo se renova quando está perto
Desenha aquela borboleta linda
Que você enxergou voar
Em cada lágrima que caía, minha
Naquela noite fria, borboletar...
Quando tudo que eu tinha
Era alguma luz sincera
Que como uma vela
Acendeu meu olhar...
Vem comigo
Sentir a luz da Lua
Com seu amor
Iluminar...
Mora no meu coração
Planta teu jardim
Aqui, em mim
Pega na minha mão...
Te ofereço uma rosa
Um banho de mar
E um cristal
A benção da Lua Nova
Um jeito bom de beijar
E no céu, o sinal
Da constelação
Vem tocar...

Sunday, October 07, 2007

Esperança (Isis - 07.10.2007)

Chega um momento na vida em que é preciso calar, silenciar a voz, acalmar o coração, aqueitar a alma... Isso pode até ser fácil quando se está em paz consigo mesmo contemplado pela canoa da felicidade...
Mas árduo mesmo é deixar o silêncio lançar seus acordes quando a dor mais amarga te desnorteia, quando as lágrimas jorram como rios inesgotáveis pelo seu rosto, quando cada segundo parece durar uma eternidade... Quando se tem a nítida sensação de estar com um punhal agudo e em brasas cravejado no fundo do coração... Quando um minuto já basta para ser violentado com mil pensamentos de morte e de trevas... Quando falta o ar e quando os olhos já não mais conseguem ver no mundo nenhum lugar de amparo e conforto onde possam repousar em paz seus cansados pensamentos...
Tudo que resta é o cenário de um sonho mais bonito que se criou se desmorando na sua frente... Dia após dia... E o desespero impera por vários instantes sobre tudo de si, porque a sensação de impotência diante desta cena revoltante, parece que não vai suportar...
Mas a rosa verdadeira está no amor no coração...
E uma rosa verdadeira tem raízes profundas... Podem até cair todas as suas belas pétalas durante uma ventania muito forte, mas sua raiz a mantém firme e a força de seu amor a recompõe... E renova... A rosa sempre se renova... Porque o amor torna tudo novo de novo...
Tudo é uma questão de tempo... O destino fez... E o tempo sabe o que faz...
E tudo que rega agora são as águas claras da esperança... Antes que a terra seque, antes que a água evapore, antes que o dia finde, antes que a rosa morra... A esperança... É tudo que me resta agora...
A esperança...