Pink Fairy Tales...

Meu próprio mundo, em versos... Ora rimados, ora em desespero... Ora em poesia sincera, ora em verdade inventada... Ora a fusão das duas coisas, e muitas resuminadas a nada... Às vezes meio triste, com um quê de sombra e dor... Outras vezes, em palavras inspiradas na alegria, na beleza e no amor...

Wednesday, March 22, 2006

Aldeia Sem Luar (Isis - 22.03.2006)

Embora muito me encantem as estrelas Não é delas que eu venho falar Porque já não consigo mais vê-las Minha aldeia só vê muros a lhe velar Tanto quanto as luzes da noite Muito me encantam as flores do dia Que agora fustigam-se com açoite Na minha aldeia de cinzas dores, sombria E ainda mais me encantam borboletas Que enfeitam a vida e decoram a alma Mas não as atrai estas frias veredas De uma aldeia tão seca de flora e fauna Nem a Lua tão mãe de todos Já não a vejo mais por aqui Minha aldeia dorme aos poucos Num escuro túmulo porvir Embora muito me encante a vida Com suas luzes, sons e cores Minha aldeia está deserta e ferida Por sua própria tribo de muitos senhores Embora eu amasse minha aldeia Meus índios, minha taba, minha lei, Com um amor que corria minha veia Eles falam uma língua que eu já não sei Com lágrimas pesadas no rosto Me despeço desta aldeia sem cocar Deixo aqui meu corpo e muito desgosto Mas levo minha alma para outro lugar Minha própria tribo me matou Flecharam meu coração tão deles Sem saber que eu também sou eles Que não existe aldeia sem amor A minha tribo chora em soluços por mim Gritam em desespero cortante de dor Ah... Minha aldeia amada, meu lindo jardim! Sua flecha me jorra o sangue de um amor sem fim...

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