Pink Fairy Tales...

Meu próprio mundo, em versos... Ora rimados, ora em desespero... Ora em poesia sincera, ora em verdade inventada... Ora a fusão das duas coisas, e muitas resuminadas a nada... Às vezes meio triste, com um quê de sombra e dor... Outras vezes, em palavras inspiradas na alegria, na beleza e no amor...

Thursday, October 27, 2005

Lucidez Invertida (Isis - 27.10.2005)

Ah, como te quero a todo o instante aqui dentro Num desejo tão vulcano, tangendo o desespero Que me toma de conta por completo, em fim...
Sem espaço para mais nada Não tem nada a ver com poesia, só coisa ruim Porque a ilusão me cega em devaneio, desviada Me deixe sozinha com minha mente insana, E apenas essa vertigem arrasadora me aflige a alma Violentamente me estupra com sua companhia profana Pois que no âmago íntimo mais tenro e profundo de mim mesma Agulha-me no coração um medo insensato de tudo
Sofro horrores mais desvairados e catastófricos Bastando-me para isso um fio de pensamento Imaginar meu mundo sem o teu É o pior martírio de desolação e tristeza paranóicos,
Puro tormento, a todo tempo Nem consigo imaginar não ver mais tua luz Tantas vezes única claridade de paz na minha vida Imaginar-me sem você é pior que nicotina, fatal, Pois viver sem te ter é cometer dor de suicídio
E fazer disso coisa normal Você é meu coração, minha vida e meu sangue Que pulsa por todas as veias correndo em lavas pelo meu corpo Tirar-me de ti, é matar-me abruptamente,
É erro! Sem chance de retorno Viver sem você, é morrer sem azar de enterro
Nem flores mortas a me velar Dependência lunática de ti me enlouquece à noite, sem luar Quando em pesadelo não te encontro ao alcance Preciso de você mais do que respiro o ar Esvairecidamente me desespero sem controle Pouco importa se minha decadência mental te afasta Porque já nem te resta escolha de fugir Apenas a imprescindível sentença de ficar te supera A morte às vezes chega assim, devasta,
De onde menos se espera E caso relute, me renuncie e morra: inútil será resistir Pois o caminho do céu não irá te redimir Sou mais que um vírus corroendo tua alma Tenha-me como uma versão negra de si próprio Já que onde quer no universo você estiver, e eu não Também estarei lá pisando em tua sombra calma Ou sugando todo o ar da tua expiração Estou presa enjaulada em correntes de aço e espinho Sangrando dentro da minha lucidez invertida, Corrompida pelos meus próprios erros mutilantes Mato-me aos poucos perdendo você, anjo são, Posto que perdão me é tão improvável e inverossímel Quanto é para a comunidade das borboletas a política de Platão Apenas você, anjo de luz da fortaleza ao chão onde estou, Tem a chave que me liberta e resgata minha própria essência sufocada Que eu mesma já não sei qual é, nem o que sou Ou chave para em calabouço lúgubre me abandonar Onde não existirão nem vermes agonizantes para me devorar Faça comigo o que quiser, eu já nem tenho mais vida própria Jogue-me no breu da insolvência em castigo cruel e sarcaz
Pise em cima dos cacos partidos de mim quando sóbria
Ou apanhe-me em seus braços fortes e protetores Ensine-me o caminho que me leva de volta a mim mesma, à paz Abra meus olhos para a vida, porque eles não me obedecem mais
Dê-me à alegria, não às dores Injete no meu sangue sua luz clara e tranquila Acolha-me com teu calor sublime e amparo Me beije com teu amor verdadeiro que não acredito, Mas acredite você e me salve, anjo claro Acorde-me para desfrutar de sua sagrada presença Me carregue para teu leito de paz e me coloque para dormir Não me deixe sonhar sozinha, eu quero você Não mais por dependência sádica, mas por saudade de ti Não me perca por nenhum segundo Porque isso já pode ser suficiente Para me perder de vista no meu mundo demente Segure minha mão, não me deixe sozinha Te quero tanto... Você é minha vida consciente Enxugue minhas lágrimas com seu abraço Prometa-me que o amor faz milagres, não pune Faça-me à altura de tua luz... Ou eu faço Beba do cálice do amor que nos une Ressucite-me das trevas e da dor
Que pairam no mundo insano
Para teu sublime amor, você me conduz...
Te amo!

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