Flor de Açucena (10.12.2010)
"Poesia boa é aquela que brota do coração
Que de repente aflora como uma semente à toa esquecida
No meio do nada, sem cor e sem vida, ou sem nenhuma pretensão
À espera do tempo para definir pela rima se agora terá versos ou não
Eis que de súbito, sem bilhete vendido, sem aplausos, nem público
O deserto da arte, tão belo e tão único, deixa cada grão de areia encenar sua parte
E o seco, de amar-te se faz úmido, permeia em pleno vazio, toda uma multidão
Desvelando o oásis que só tu que sabes onde de certo o encontrarão
Pois que o segredo do artista, ninguém conta, não deixa pista, nem se pega com a mão
Só se descobre o amor quem é grande o bastante para enxergar no distante
Uma semente imprevista e meio sem cor de poeta derramada no chão
A flor que habita no abstrato da rima expressa esta poesia discreta que te dou em botão
Não obstante, o que sei de poema, de arte e talento
Esvai-se no ar como pétala que de pequena, é carregada pelo vento
O que realmente sei é do meu amor por ti, que não simplesmente voa por aí,
Sequer conhece o esquecimento
Porque no meu coração meu amor por ti é lei, é tal flor de açucena,
Meu eterno sentimento, este amor que te dei."
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